terça-feira, 18 de outubro de 2016

Notas de conversa comigo

Odiava a mim mesmo naquela noite, ela estava sentada há minha frente.
Havia dores em meu peito que não podia explicar,
Ela sorria,
Era o pequeno farol que iluminava minha vida,
Teus olhos me encaravam,
Tentavam estancar o sangramento desenfreado de minha alma.
Ela sabia as palavras, o jeito, o truque, o modo com que se falava para me fazer sentir com o coração leve novamente.

-Merda eu sou a porra de um monstro, eu sou inútil! Eu não vou conseguir continuar, eu deveria desistir da porra toda...
-Bruno para,se acalma por favor.
-Não! Por favor para de se importar comigo, eu não sou o suficiente... Eu tenho tudo isso, esse ódio de mim mesmo...

Ela se levantou, subiu no meu colo e passou as pernas envolta do meu quadril.
Seus olhos encontraram os meus e sua doce voz me tocou.

-Para, você é esforçado, está em um nível que as pessoas geralmente não alcançam! Você tem toda essa pressão com você e se recusa a soltar isso pra fora, para nos seus amigos que tentamos te ajudar. Mas não se julgue inútil, insuficiente ou qualquer coisa do tipo... Você é um guerreiro, você tá lá na frente lutando, eu fico só aqui no meu canto e vejo você fazendo coisas que eu nunca conseguiria fazer. Eu me orgulho de poder te abraçar e as vezes negar você do resto do mundo.

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